(Ela me disse.)
– É que, no momento em que te encontrei, soube também
que já havia te perdido.
Por isso, fico assim: em permanente luto;
por nós, pelo mundo.
Deixo de lado o verão, as praias (sol e céu),
dinheiro, obrigações de filho, de amigo,
e desatino a escrever versos
que jamais serão lidos,
porque jamais os mostrarei.
Sim, sou triste.
E feliz.
É assim que vivo.
O diagnóstico não soa lá muito lógico, eu sei.
Fazer o quê...?
Somos todos únicos: sou a única testemunha
da minha própria loucura.
(Filipe Couto)
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