segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Poema 219

Poema de Natal 

Era ainda manhã, quando comecei a procurar 
o que escrever sobre esta véspera. 

Eis que só agora, quase finda a espera, 
ocorreu-me que nada se pode dizer. 

Sim, nada. 

Há algo de maravilhoso e suave no silêncio 
que entrecorta os encontros do dia, 
as histórias novas e as repetidas, 
os risos compartilhados, 
os abraços e os beijos de amores, amigos, família. 

É nesse breve espaço de espontaneidade genuína, 
distante dos presentes, dos protocolos e da hipocrisia, 
que mora - e renasce sempre, pleno de alegria - 

Deus.
(Filipe Couto)

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