sábado, 16 de outubro de 2010

Nova Nota

Queridos e queridas,

Obrigado pelas visitas ainda constantes a este espaço e desculpem-me por não atualizá-lo no prazo prometido.

O hiato terminará em breve, e novos poemas virão por aí!

Beijos e abraços!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nota

Olá!

Como quem me acompanha já percebeu, entrei num recesso forçado de produção poética ("é que o mundo gira muito mais rápido agora, entende?", Inania Verba). Volto logo depois da Copa do Mundo. Ou antes, se o antes vier.

Obrigado por continuarem lendo os poemas antigos deste blogue e por fazerem do "Breves Cantares de Nós Dois" o grande sucesso que ele é!

Até breve!

1 - Para comprar meu livro ("Breves Cantares de Nós Dois"):
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=49&idProduto=49

À venda, também, na Livraria da Travessa e na Blooks (Arteplex-Unibanco).

2 - Para me seguir no twitter: http://twitter.com/filipecouto

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Poema 153

A Espera – poema em três movimentos

1.
É o mar o vício
desses seus olhos,
que vivem a procurar

quem há muito se perdeu
sem promessa de voltar.

2.
Mas
ainda que seja só dele

cada esperança, cada saudade,
cada suspiro que você dá,

deixa-me te mostrar
que o tempo pode ser barco,

e que os pássaros
são como velas

brancas e abertas
pra quem se permite enxergar.

3.
Tudo é incerto e relativo
nessa vida:

também eu
posso ser tão seu

quanto você jamais
foi minha.
(por Filipe Couto)

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Poema 152 - Edição Especial de 3 Anos!

*Volto a atualizar o blogue na quarta, dia 5 de maio!
 
A Luz do Meu Quarto - poema em três movimentos 

1.

Enquanto a noite passava
(toda de sombras vestida),

e no meu quarto te encontrava
(já quase ao sono oferecida),

eis que tudo, num estalo,
plenamente alvorecia.

2.
Alvorecia de uma luz
que ninguém jamais vira

(diferente dessas lâmpadas
que imitam o meio-dia).

Uma luz que é toda branca,
como a areia que se pisa

numa praia bem distante,
onde nada se embacia;

uma luz que não é refém
das horas (que são finitas),

mas senhora do seu tempo,
o que a faz mais feminina.

3.
Essa luz do meu quarto
que tudo mais alvorecia

era tua voz que me dava,
quando “Eu te amo” dizias.
(por Filipe Couto)

Ouça o poema:

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Poema 151

*Volto a publicar poemas inéditos em 14 de abril!

Aéreo

Há coisas
que calam.

Teu olhar, por exemplo.

Ao encontro dele,
brincar de ser nuvem

(leve de silêncio);

esperar tua imaginação
me dar forma
.
(por Filipe Couto)
Ouça o poema:

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quarta-feira, 17 de março de 2010

Poema 150

*Volto a publicar poemas inéditos no dia 31 de março!

Só Amor

Se é amor o que faz sentar
à beira do precipício

e esperar, como pescador,

sem saber como, nem quando,
nem donde virá teu sorriso;

então, é amor

(só amor)
o que sinto.
(por Filipe Couto)


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quarta-feira, 3 de março de 2010

Poema 149

*Volto a publicar poemas inéditos no dia 17 de março.

Receita de Acordar

Deixar
amadurecer
o tempo.

No escuro,
colher o silêncio
mais-que-anterior à palavra.

Só então saborear
(em sintonia)
teus olhos e a luz;

teu sorriso
sabor de vida.

– Bom-dia!
(por Filipe Couto)


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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Poemas 147 e 148

Alheio

Estrangeiros
em nós mesmos,
tudo nos limita:

o mar
se torna muro;

o ar,
cortina.
(por Filipe Couto)




Escolha a sua versão para hoje


Existem olhos
que (nos) abrigam (de)
temporais.
(por Filipe Couto)

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Edição Especial - Poemas 142 a 146

Sobre o Carnaval - meditação em cinco poemas

SÁBADO

Entre máscaras e bebidas,

entre pierrôs, arlequins e colombinas,

brinco só,
perdido no cordão.

Redimido das lidas e das culpas,
esquecido dos afetos e das amarguras,

morro (provisório) para a vida
e ressuscito (infinito) para a rua.


DOMINGO

Momo,

ainda é longo teu reinado.

Deixa meu samba
ao teu compasso,
que o mundo

fica do tamanho

de um bairro:

é tempo de nos conduzir.


SEGUNDA

Para revidar as derrotas

de todos os dias –

a alegria adiada,
o beijo negado,
a revolta escondida –

é preciso
encarar certos riscos,

esquecer o destino

e ficar no limite entre

o desengano e a fantasia.

Deixa-me correr o perigo;
deixa-me brincar com a vida!


TERÇA

Veste-me

com a fantasia que quiseres,

dá-me
um nome teu
que eu possa logo esquecer.

Na rua,
onde ninguém
se reconhece, prenda minha,

te amo pra sempre
até amanhecer.


QUARTA

Enfim meu tão carnaval

fez-se cinza.

Só meu coração,
tomado de princesas e odaliscas,

ainda repica
um samba-canção de pierrô.
(por Filipe Couto)

*Volto a publicar na quarta, dia 24/02.

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Poema 141

"Não penso; logo, assisto"*

Mal abro os olhos,
já vem alguém aqui
me ditar o que pensar,
o que fazer –

corporações, jornais,
pessoas, tevê,
rádio, internet,
revistas, família,
você.

Nesse mundo etiquetado,
eu quero é a dor e a delícia
de uma alma suburbana –

barriguda, livre e minha:

já cansei de delegar a eles
este meu sagrado direito à vida.
(por Filipe Couto)

*Vi essa frase num grafite feito em Botafogo, RJ.



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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Poemas 136 a 140

Queridos e queridas, em 2010, este blogue passa a ser atualizado sempre às quartas-feiras com poemas inéditos. A variedade temática promete ser maior: aqueles que me acompanham desde o princípio perceberão, em alguns casos, um tom ainda mais simbólico nos textos. Espero que gostem deste primeiro conjunto a seguir! Beijos e abraços!


Educação pela Terra – meditação em cinco poemas

1.
Não carrego mais
aquele tremor tímido
de rio nos lábios.

Não é o sonho (líquido)
a nossa primaz matéria:

é a terra.

2.
Que ventos e pássaros
desperdicem seus voos:

alma e corpo,
eu aqui me revolvo.

Com ou sem arados.


3.
Para lavrar,
é preciso ter olhos duros;

olhos de ver muito,
de ver fundo;

olhos de não achar.

4.
A terra, se bem trabalhada,
alvorece a cada toque da enxada:
tudo lhe é recente e verdadeiro.

É da terra

viver o instante:
não o claro e derradeiro,

mas este constante-primeiro
(a promessa do devir, o denso nevoeiro).

5.
A terra
em si
se renova.

Ela não precisa ir ou vir,
tampouco migrar ou fugir.

A arte da terra
é poder

(a qualquer dia)
num surto de vida

docemente explodir
.

(por Filipe Couto)

* O título faz referência, obviamente, ao famoso conjunto "Educação pela Pedra", do mestre João Cabral de Melo Neto.

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