quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Poema 156

Algo se quebrou na rotina 
do encontro entre onda e areia. 

Algo se perdeu na esquina do horizonte, 
onde o sol se esconde para deixar brilhar outra estrela. 

Há algo (que não se mostra) sussurrando
por entre encostas um nome que não se decifra. 

Há algo em meu peito 
que (em vez de bater)

grita.
(Filipe Couto)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Poema 155

São líquidos nossos sonhos,
nossas casas, nossos casos e rostos.

Líquidos também os abraços
e as declarações e as promessas de mundo novo.

Líquidos, como tudo que escoa e inunda
(rios e mares em conflito).

Líquidos, como teu sorriso,
que me sussurra

"Mergulha".
(por Filipe Couto)