clico onde não devo, troco teclas, interrompo conversas...
nem ler todos os meus emails eu consigo.
Só fico à vontade mesmo quando estou apenas comigo.
Sozinho em frente à tela - a folha do word aberta -,
derramo um pouco do meu dia em palavras, em ideias.
O silêncio me escuta bem e sabe o que eu sinto.
E, nesse instante, não sou mais um completo imbecil
tentando conectar meu computador à rede wi-fi interna:
sou poeta.
(por Filipe Couto)
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