quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Poema 204

Sou pouquíssimo esperto para o mundo cibernético: 
clico onde não devo, troco teclas, interrompo conversas... 
nem ler todos os meus emails eu consigo. 

Só fico à vontade mesmo quando estou apenas comigo. 
Sozinho em frente à tela - a folha do word aberta -,
derramo um pouco do meu dia em palavras, em ideias. 

O silêncio me escuta bem e sabe o que eu sinto. 
E, nesse instante, não sou mais um completo imbecil 
tentando conectar meu computador à rede wi-fi interna: 

sou poeta.
(por Filipe Couto)

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