segunda-feira, 30 de julho de 2007

Poema 18


Sobre Covardias

Fecha os teus olhos e escuta essa chuva
que (tão calma...) tudo inunda.


Agora escuta (atento)
o lamento do vento nos vidros
e respira fundo o frio todo que faz lá fora.

Aproveita, vai aí dentro do teu peito
e me procura naquele breve espaço
escondido entre a culpa e o desejo.

E se você, por acaso, me encontrar,
por favor, me arranca de lá...

(um coração que, por medo, não sangra
não pode nunca ser o meu lar)

(por Filipe C.)

12 comentários:

Amélia Losada disse...

Fantástico.

To sem palavras. :O

Anônimo disse...

(pq vc SEMPRE coloca alguma coisa entre parenteses?)

Anônimo disse...

Sou seu fã, você sabe disso...
Tô ficando viciado neste blog!
Abração.

(Os parênteses do final são indiscutivelmente sensacionais.)

Anônimo disse...

"e me procura naquele breve espaço
escondido entre a culpa e o desejo."

sensacional isso. Quem nunca escondeu alguém nesse espaço que atire a primeira pedra...

Unknown disse...

De novo eu não fui a primeira! Droga!
Acho que nunca vou poder dizer o quanto gosto de você, do seu trabalho e dos seus poemas.
Só posso pedir que você não pare de escrever mais!
Beijos, poeta!

Anônimo disse...

Perfeito!
Adorei!

=)

Anônimo disse...

"Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia"

E pela milésima vez.. parabéns!
Sempre lindo!

Juju disse...

Nunca fiquei tão sem palavras como agora!
Nem sei o que comentar!
Só posso concordar com o que foi dito a respito dos parênteses no final!Sensacionais!!
"(um coração que, por medo, não sangra
não pode nunca ser o meu lar)" e "É porque, a esta altura, já se acalmou o mar,
e eu preciso da tempestade,
para imensamente naufragar." dizem simplesmente tudo!!
Extraordinário!!!!

Bjuxxxxxxx poeta!!!

Anônimo disse...

Fala!
Tava meio sem jeito pq tava todo mundo elogiando e eu não tinha gostado tanto do poema da semana passada. Mas o desta semana é sacanagem! tá mt maneiro! merece os elogios! abraço!

Anônimo disse...

Um poema perfeito de um homem genial. Amei!

Anônimo disse...

"(um coração que, por medo, não sangra
não pode nunca ser o meu lar)"
Versos preferidos!

Realmente você está nos acostumando mal com suas poesias..nem pense em parar, hein? Já pensou o que será de nós, freqüentadores de seu blog? ;)

Beijos!

hjhj disse...

Primeira vez que to passando pelo seu blog e já estou sem palavras...

Estava querendo ler seus poemas desde que vc comentou sobre essa página, mas com a correria desse ano acabava me esquecendo...

Gostei de como seus textos conseguem transparecer um pouco de vc, e de como isso é lindo!

Gostei de como vc sente com uma timidez doce, mas que não se esconde e de como tem o dom de conseguir fazer a mente viajar por dentro da alma de quem lê!

E acho que "lindo" traduz bem oque eu senti nesse poema, pq "lindo" não é "bonito", "lindo" vai mais fundo...pq "lindo" não é pele, "lindo" é alma!!

Por isso...Lindo!

Parabéns Professor, a partir de agora serei frequentadora assídua do seu blog.

Tenho certeza que seu livro será um sucesso, afinal, são poucas pessoas hoje que realmente escrevem com o coração.

Com admiração,
Thaís Garrido