segunda-feira, 28 de maio de 2007

Poema 9


Sobre Despedidas

Era ela (só ela...) quem povoava
meu mundo quando a noite vinha apagar
as cores e os perfumes de todas as flores.

Era ela (meu deus...era ela...) quem tecia
metros e metros dos sonhos (que eu vestia),
e das palavras (que me criavam lindas fantasias).

Foi ela quem rabiscou a minha identidade,
brincou de esconder com os meus olhos,
pulou corda com a minha sanidade...

Mas, um dia , esqueceu-se da minha voz, das minhas carícias,
perdeu meu endereço, jogou fora minhas camisas,
apagou as marcas do meu corpo, rasgou as minhas fotografias,

e sumiu como uma estrela, das que se escondem ao nascer de um dia...



(por Filipe C.)

21 comentários:

Anônimo disse...

Sempre prometi que ia comentar aqui e nunca comentava.
Acho que talvez eu estava apenas esperando a hora certa.
Mas hoje, não sei porque, achei indispensável esse comentário, por mais que eu nem tenha palavras.
Supreendeu. De verdade. E ponto final.

Parabéns, querido.

PS: Agora vc tá complicando a minha escolha do favorito. ;]

Anônimo disse...

fantástico.
como todos os outoros, mas com uma sensibilidade.. uma escolha de palavras...
parabéns,
mais um parabéns meio a tantos.. mas é o mínimo!
;*

Anônimo disse...

Não foi inédito, mas eu gosto tanto dele que não me importa...

Lindo demais.

Beijo!

Anônimo disse...

Esse poema dá um gostinho de quero saber mais..essas reticencias nos faz pensar no que aconteceu depois da despedida..o q será??
Fico curiosa para saber a causa desta despedida..podem ter tantos motivos e pelo o q o eu-lirico passa parece ser ele a vitima..mas e se não for.."ela " pode ter tido uma ótima razão para tal ato. É muito subjetivo isso. Achei interessante esse clima de dúvida, nos prende ao poema.

Diego Moreira disse...

Meu irmão, esse poema (profundo) lembrou-me um samba chamado "Última Chance", do Roque Ferreira, gravado pelo grande Roberto Ribeiro. Saca só:

"Foi embora
E eu já começava a ser feliz
Logo agora
Que todo sofrimento era cicatriz
Jogou fora
A chance que restava pra nós dois
Foi embora
Tomara que não vá chorar depois

E tanto me custou pra esquecer o que me fez
Foi duro convencer meu coração
Que o amor às vezes faz sofrer, sem querer
E que é muito triste a separação

Depois que o mar bravio se acalmou
da noite para o dia você parte assim
Agora eu não sei como explicar a dor
Ao coração que tanto acreditou em mim

São tantos os espelhos que existem por aí
Você bem que podia refletir...
Mas preferiu errar mais uma vez, e refez
O abismo que o amor um dia destruiu

Não vou deixar brotar a flor do mal
Mas não vou prometer o que não vou cumprir
A outra face, amor, eu não lhe posso dar
Nem ao Calvário você vai me ver subir..."

Algumas imagens semelhantes.
Vc diz: "e sumiu como uma estrela, das que se escondem ao nascer de um dia..."

Da Noite para o Dia, não é?

Maravilha! Parabéns, meu camarada!

Anônimo disse...

Ah, pára Couto !
Cada dia fico mais impressionada com essa bendita catarse... É lindo, é mágico como todo mundo se identifica.

=)

Amélia Losada disse...

Meu Deus!

Perfeição.

:D

Anônimo disse...

"brincou de esconder com os meus olhos,/pulou corda com a minha sanidade..."

ai, meu deus...lindo esse poema...
você não pode fazer isso comigo...de onde você tirou esses versos? como você consegue escrever essas coisas?

você não existe, filipe...

parabéns, poeta!

Anônimo disse...

Professor!

Fiquei impressionada com o seu talento! Você tem que divulgar mais, você é realmente muito bom nisso!Cada um mais lindo que outro!
Tem que ler os seus poemas em sala de aula!

"Ela" é uma boboca! haha Isso não se faz!!!
Lindo demais!Parabéns!
Grande professor, grande poeta!

Anônimo disse...

bem que você falou na primeira aula que era fácil se apaixonar por você...mas ainda bem que eu amo o meu namorado. =)
li todos os poemas e não sei qual o meu preferido, mas posso te garantir: esse aqui tá no meu top 3!

Um beijo, poeta!

Juju disse...

Eu concordo com a Ju ai de cima.
Já sou fã de carteirinha, tanto dos poemas, que são maravilhosos, quanto do professor...
Parabéns, parabéns, parabéns!!!!!
Você escreve muuuuuiiito.
"e sumiu como uma estrela, das que se escondem ao nascer de um dia..."
Mas sempre que ele(a) se vai deixa um gostinho de quero mais, não é?
Ficam as lembranças dos bons momentos, e dá uma saudade imensa....
Ai ai....
Lindo D+++!!
Parabéns poeta!!

Bjuxxxxxxx
=]

Anônimo disse...

Resolvi dar uma olhada no blog e olha com o que me deparo: dos seus, o meu preferido! É lindo demais! =]
Beijos

Anônimo disse...

Pena não ter sido seu aluno. De repente eu até gostava de literatura. Os pemas estão bem legais! te adicionei no orkut da Clara, sua aluna de botafogo!
Abraço!

Anônimo disse...

Filipe, o Marcelo não escreve mais não ?

=/

Filipe disse...

Oi, Adriana!
O Marcelo tem outros dois blogs...Estava complicado manter os três, entende? No orkut dele há o link para que você possa acessá-los.
Agora sozinho, a responsabilidade de continuar este blog aumenta, mas espero poder dar conta...
Um beijo!

Unknown disse...

Esse é simplesmente perfeito!
Sem palavras...
Você já consegue dizer tudo!
Parabéns Filipee =]

Bjooos

Anônimo disse...

enquanto não vem uma atualização, me divirto com os comentários... quer dizer que agora você avisa que é muito fácil se apaixonar por você!!

Genial isso.

Filipe disse...

Oi, drica!
não tinha visto seu comentário!
ah, é uma brincadeirinha que eu faço na primeira aula já há alguns anos!
=)
Beijos!

causios lusitanios disse...

k lindo!

Unknown disse...

Filipe....... Filipee... Filipe...

Anônimo disse...

simplesmente encantador!