terça-feira, 1 de maio de 2007

Poema 5


Sobre Dias de Chuva

Por entre hordas de buracos, postes e ratos,
por entre vitrines e espelhos a cada segundo multiplicados,
por entre gemidos metálicos e carros acelerados

(neles homens buzinam a vida, mas seguem calados e amargos),
passo por espaços cheios da tua figura.

(Na rua, a noite escura rouba, oportuna, todas as sombras tuas...)

A lua (ainda tímida, ainda muda) ponteia distante o céu.

E eu, fiel a minhas tolas juras,
caminho por esta chuva,
carregando meus sonhos
numa sacola de papel.



(por Filipe C.)

11 comentários:

Unknown disse...

Oi Filipe!
Estou viciada no seu blog!hahahaha
Po, vou te dizer q me senti q nem o eu-lírico desse poema outro dia... O q q acontece com ele depois?

ah!cadê o livro?!!!!!

Unknown disse...

Com apenas uma visita ao blog ja virei fã dele, assim como sou fã das suas aulas e da pessoa super inteligente que vc é! juro, Filipe quero ser como vc um dia! bela transmissão de sensibilidade no papel, isso é lindo!
Bjinhus, PRI! =)

Unknown disse...

Será que aceitas desafios
Ou só elogios?

Queria versos com sol,luz e alegria
Parar de rimar poesia
Com melancolia

Pois de tristeza
Minha rotina já está farta!
Peço por favor,então
Só mais essa gentileza...

Desculpe os versinhos mal escritos, mas estou enlouquecendo com a minha tese!! Você sabe que eu gosto dos seus escritos, mesmo melancólicos.

Beijos

Unknown disse...

filipe voce é genio
continua com os poemas estao muito bons!

Anônimo disse...

E pensar que esse moleque já passou perrengue voltando de festinha comigo de madrugada DE ÔNIBUS nos tempos de CM...É mermão, você virou gente grande mesmo!
Parabéns, você escreve pra caralho!

Filipe disse...

Olá!
Rebecca, o pior é que eu não sei o que acontece com ele depois (ainda)...Vamos ver se algum outro poema nos diz, né? =)
Drica, é complicado esse negócio de "poesia de encomenda", mas tento...Quem sabe um dia!
Dedé, Roberto e Pri, obrigado pelos elogios! Escrevam sempre!

Anônimo disse...

Ele ainda escreve...
Q mais falta???
Ai, ai...

Diego Moreira disse...

Meu camarada, belo texto e bacana a idéia do blog. Achei tudo muito interessante. Do visual ao conteúdo. Suas poesias são marcantes e os textos do Marcelo estão muito bem escritos.

Continuem! A idéia do livro é interessante. Um caso que deve, no mínimo, ser pensado com carinho, já que a produção está bacana.

Passarei por aqui sempre. Colocarei o 'link' para o "As Outras Palavras" lá no meu "Geografias Suburbanas", recomendando a leitura.

Um abraço do tamanho do Subúrbio!

Unknown disse...

Oi, Filipe! Visitei o blog! Muito legal você deixar que a poesia transborde para além dos julgamentos críticos que impomos a nós mesmos, e que acabam calando o lirismo que tão espontaneamente brota em nós. Admiro o modo sensível como você contempla as relações humanas. Visitarei sempre!
Beijos desta amiga!

causios lusitanios disse...

Isso me fez lembrar uma poesia que eu escrevera outro dia:

Miragens

Procuro no horizonte infinito...
Com a esperança de lhe encontrar
Lhe procuro no céu anil mais bonito
De buscar e não achar

No perfume que o vento emana...
[o procuro]
Nas imagens de um olhar repentino
Que num outro olhar;espaço vazio.
[E ainda,na doce esperança de uma realidade que me foge,agora.]

Anônimo disse...

Essa aí sou eu o/
Adorei.
Bjokas