sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Poema 197

Há dias (muitos) em que a pedra 
pode ser muro (fortaleza infalível) 

deixando longe (em tom de ilha) 
a fantasia que nos parecia possível. 

Mas sobram pedras e pedras para proteger 
o silêncio do que não se deve despertar; 

pedras para defender no peito 
o amigo mais inimigo, íntimo: 

o amor que não pode ser destruído, 
o amor que não se deixa amar.
(por Filipe Couto)

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