segunda-feira, 16 de junho de 2014

Poema 189

O tempo 
não é uma flecha 
(reta, rumo a um alvo preciso). 

É antes um laço, 
que une pontos afastados 
de uma mesma corda. 

Deito-me e ao olhar o teto (do quarto, de mim) 
vejo um sorriso que desabrocha 
no exato instante em que se desfaz. 

E eis-me de novo preso, 
atado à saudade 
que resiste ao 'nunca mais'. 

(por Filipe Couto)

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