quarta-feira, 11 de junho de 2014

Poema 188

Olho para o chão com frequência 
e caminho lento, 

como convém a um homem 
que busca nas frestas das calçadas 
uma pequena flor, um musgo que seja, 

uma forma de vida qualquer 
com coragem de resistir e nascer 
em meio à frieza dos seres acelerados. 

Quem me vê pelo vidro dos carros 
acha-me triste... 

Eles não sabem o quanto de vida 
busco em cada passo. 
(Filipe Couto)

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