segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Poema 29


Sobre Costumes

Nem o luar, nem as estrelas:
as luzes, antes acesas,
todas se apagaram.

(foi por medo ou por cansaço que
eu fiquei tantos anos ao teu lado?)

Deito vestido
para que acredites
no meu sono fingido
e não te chegues tão perto.

(meu corpo não estranha mais o teu,
mistério já resolvido por completo)

Cuidaste sempre tanto
de mim (e dos meus desastres)
que, se hoje te beijasse, cometeria incesto.


(por Filipe C.)

11 comentários:

Jéssica Quadros disse...

Tantos amores se transformam assim, não é mesmo?
E falta coragem para renová-los...

Lindo tema!
;*

Anônimo disse...

vc escreve a quanto tempo?

Anônimo disse...

nossa, tô ficando deprê.

Juju disse...

Assim não dá. Venho aqui e escrevo. Ai na semana seguinte não sei o que falar. Na outra muito menos. Dá pra parar de escrever tão bem?
Tá gostei. Adorei.
Esses parênteses tão caracteristicos sempre dizem tudo né!"(foi por medo ou por cansaço que eu fiquei tantos anos ao teu lado?)"
Por que tantas vezes nos deixamos acomodar? Ou por medo não tomamos certas decisões? Às vezes,precisamos ousar na vida não é mesmo?
Muuuuuuuito bom!!
Lindo!!
Bjuxxxxxx poeta preferido!!!

Anônimo disse...

Cruel.

Unknown disse...

Filipe, esse poema é de uma crueldade inacreditável...
Sabe aquelas coisas que a gente sente mas nunca teve coragem de falar pra ninguém? nem de admitir pra si mesmo?
Juro que me incomodou...

Mas esses são os melhores poemas né? Os que mais mexem com a gente...

Poeta preferido! Sua fã número 1 (ou 2)! hahahaha

Anônimo disse...

E o farol acende o caminho do outro,/que a mar� traga � terreno pedregoso/j� invadido por corpo sem ima(irm�o)/ raz�o ausente do que parte/ para parte que parte/ s� ao eu-l�rico choroso/
escorrendo a l�grima em quatro m�os/ent�o grudadas no cora�o quente/ que mente( n�o na mente adulterada pela emo�o)/
tudo talvez em v�o, sem dura�o...

Amélia Losada disse...

Dessa vez demorei, mas estou aqui!


"(foi por medo ou por cansaço que
eu fiquei tantos anos ao teu lado?)"

Simplesmente genial.
É incrivel como eu nunca me acostumo com seus poemas, eles me tocam de maneiras diferentes cada vez que os leio. São, absolutamente, perfeitos.

Senti sua falta essa semana.
Espero pela próxima segunda-feira.

:)

Anônimo disse...

Absurdamente genial!

"(meu corpo não estranha mais o teu,
mistério já resolvido por completo)"

quem nunca deixou de gostar de alguém assim?

Perfeito mais uma vez!

Anônimo disse...

Desculpa, mas acho que uma pessoa tem que ser muito fraca pra sentir uma coisa assim pela outra...ficar com alguém por medo de ficar sozinha depois? ficar com alguém por não saber se vai ter forças pra enfrentar o mundo sozinha? deixar a outra pessoa acreditar num amor que já acabou? acho que o nome desse poema devia ser "sobre um canalha covarde"! Tomara que pessoas assim não existam fora da suas poesias.

Anônimo disse...

lendo após 2 anos de ser publicaado esse comentário acima,n aguentei em nao comentar .e nao sei se alm irá ler.
se vc acha covarde, querido anonimo,uma pessoa que fez com q outra acreditasse q ainda tinha amor vc nunca sentiu nada por algm.a coisa mais comum é vc deixar de amar uma pessoa e ter receio de contar isso a ela. já q passaram tempos juntos e momentos da vida.será uma pessoa q vc n esquecerá. vc acha q é facil dizer q o amor acabou? deve normal para vc,já que é frio e calculista.