ajudei-o a colocar uma camisa
antes que ele fosse embora.
A camisa já era pequena;
menor ainda a gola.
E, por alguns segundos (mínimos) fiquei sem ver seu rosto
e vi seu esforço para emergir do escuro
que eu, para protegê-lo, havia imposto.
Pensei tê-lo machucado, arranhado,
e nervoso pedi desculpas e repeti quanto ele era amado.
Sei que você, que me lê,
deve estar pensando "quanto desespero
por um troço tão bobo..."
E eu te pergunto, amigo,
quando se ama, como não ser louco?
(por Filipe Couto)
Um comentário:
Minha inspiração é você...
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