sábado, 18 de janeiro de 2014

Poema 179

Há um mar em tudo que me rodeia, 
uma lua perdida no espaço, 
uma esperança que anima o horizonte 
e uma lágrima em tudo que faço. 

Nas águas que em mim e de mim correm, 
prossigo, profundamente afogado, 
à mercê dos caprichos do tempo, 
contemplando - vivo - outros naufrágios. 

Recolho os tesouros de tudo que vejo 
e os canto, quando emerjo num porto afastado. 
Depois, mergulho, de novo inteiro,
a fazer deste peito meu barco. 
(por Filipe Couto)

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