terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Poema 163

Saibam quantos estes meus versos virem
que não desistimos da luta;

que ainda há um vento que sopra à noite
espalhando prenúncios pelas ruas;

que nos tambores de minha cidade
batem em compasso dores e alegrias
(as crianças nos sinais e o samba da nossa Vila);

que dentro da gente da minha terra
cresce um monstro, com olhos enormes (em alerta),
a devorar aqueles zumbis nos sofás, diante das tevês.

Porque à vida não se nega uma chance,
e não será deles uma gota do nosso sangue,

enquanto um sorriso puder nos comover.

(por Filipe Couto)

Um comentário:

Contos e Crônicas por Luzia disse...

Filipe, gosto muito de poemas que fazem crítica social e por isso, adoro ler Manuel Bandeira, e por isso, gostei muito deste teu poema.

Abraços

Luzia