sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Poema 161

Novamente as horas passam 
sem propósito ou escolha, 

perdidas, 
imbricadas umas nas outras. 

Alheias ao que despertam ou cessam, 
ao antes e ao depois, 

as horas brincam de roda, 
se devoram, se renovam,

enquanto na parede da sala resiste 
(embora amarelada) 
uma foto, 

tão só lembrança de nós dois. 
(por Filipe Couto)

Nenhum comentário: