O primeiro poema de hoje é, na verdade, uma letra de música que me foi encomendada pela Priscilla Frade.
O outro poema, sintético e marginal, é dos que eu gosto de fazer, mas em geral não publico.
Volto a atualizar o blogue no dia 28 de abril.
Imagina
Quando esse moço
passa chegando da praia,
cheio de sol e mar no só-olhar,
será que ele sabe
que meu chão todo se abre,
e eu nem respiro mais?
Quando esse moço
fala, cheio de graça,
sobre uma besteira qualquer,
será que ele sabe
que eu paro tudo, até o tempo,
e fico até quando ele quiser?
Moço, chega perto teu ouvido
e ouve só comigo
o que eu tenho pra falar:
imagina só o que vai ser
se a gente se perder
quando a lua se apagar;
imagina só uma vida sem cortina,
cheia de avenida pra gente passear
(e se beijar, e se amar);
imagina se a gente namorar, moço,
imagina só se a gente namorar...
(por Filipe Couto)
Sobre a Lei Seca
Desde que te conheci,
não adianta mais esconder
minha vodca, meu uísque,
nem deixar
toda minha cachaça em casa:
só viver
já me embriaga.
(por Filipe Couto)
33 comentários:
Sempre aqui..
Adorei os dois poemas! É impressionante como os dois são diferentes do que você escreve, mas continuam sendo a sua cara!
Delícia!
Passei aqui pelo link do blog do nosso amigo Diego e não me arrependi. Há quarenta minutos tento começar a trabalhar, mas fiquei só lendo seus poemas. São muito bem feitos e emocionantes! Alguns retratam perfeitamente coisas que eu já vivi, outros são engraçados, outros são dramáticos, outros são suaves...
Gostei muito da sua música e estou curioso de saber como vai ficar a melodia dessa letra que você colocou aqui hoje!
adoro teus poemas marginais.
embriaguemo-nos de vida!
Fala aí, Filipe!
Bateu uma ponta de curiosidade. Quero ouvir a melodia que a Priscilla fez pra sua letra. Assim que puder ser mostrada, avise.
Abraço forte.
1 - Aline, sua presença é sempre importante!
2 - Rebecca, que bacana você conseguir enxergar meu estilo em textos tão diversos! Fico feliz!
3 - Henrique, que bom você ter conseguido ler tantos poemas em tão pouco tempo! Quando puder, dá uma refletida sobre eles e conta do que você gostou mais, pode ser? Um abraço grande e seja bem-vindo a este espaço de amigos!
4 - aaluah, também gosto muito de escrevê-los! É bom achar que os aprecie também! Me sinto aprovado!
5 - Wellington, meu caro, também eu estou curiosíssimo! A Priscilla, no entanto, é mega-ultra-super-perfeccionista! O tempo dela é o tempo dela! Mas assim que puder, claro que disponibilizo! Abração!
Oi Filipe, conheci seu blog a pouco tempo mas como gosto muito de escrever e ler, fiquei apaixonada pelos seus poemas. Espero que você seja muito feliz e continue a dar essas joias pra todos nós.
Renata L.
A letra dessa música é linda!!!! Perfeita!!!! Adorei!!!
Mas o poema da Lei Seca é ainda melhor! Por que você não publica esses poemas mais marginais? Tenho certeza que fará sucesso!
Beijo!
adoro os marginais. sê herói, Filipe!
A-D-O-R-E-I esses poemas! A música vai ficar linda e esse poema na lei seca é fenomenal!
=)
Chega de sobriedade... rs
Lindos.
Quero fazer parte do coro: os marginais são impecáveis!
Essa letra de música me fez lembrar uma aula que tive contigo em que você decifrou como ninguém Pedaço de mim, do Chico. Emocionante.
Beijo!
Sintético, marginal e é dos que você gosta de fazer. Publique sempre poemas desses; gosto da marginalidade quando ela segue esse sentido.
Sou mais uma que gostaria de ouvir o primeiro poema musicado. "Será que ele sabe que eu paro tudo, até o tempo, e fico até quando ele quiser?"
Parabéns, meu querido!
Eu não saio mais daqui ...
Beijo!
Resta-nos então brindarmos essa vida marginal e embriaga!
Os poemas estão fantásticos (como sempre).
Perfeitos os poemas..
esse vai ficar perfeito como musica!
amo de mais tudo o que vc escreve..
e eu to morreeeendo de saudades das fortiiiiissimas emoções da nossa literatura!!
Parabéns por se tornar o autor do meu site predileto!
beijos. ;*
1 - Renata L., seja bem-vinda!
2 - Vivi, são dicções diferentes, mas com o mesmo estilo, espero. Mais líricos, mais marginais, mais sintéticos, mais longos... =)
3 - Alan, nunca sei medir o tom da ironia no seu discurso! hahahaha
4 - Teresa, obrigado pela força! =)
5 - Jessica, você faz falta por aqui, insisto! =)
6 - Luisa, você se lembra da música! Fico tão feliz!!!! mas a comparação é desmedida, minha querida e exagerada Lu! Fico muito feliz de te ver aqui! =))
7 - Rê, você é importante demais!
8 - Marcellinha, é tão bom você comentando aqui! =)
Marcela Parreira, como me deixou feliz ler seu comentário! Estava respondendo às pessoas quando chegaram suas palavras! Vou dormir muito bem hoje!!!
=)
Mestre, seu pedido foi atendido. Escrevi "sobre muros, caveirões e remoções" no Geografias Suburbanas.
Passa lá! Abraço!
Pra quem não conhece ainda o "Geografias Suburbanas", recomendo a leitura! O Diego é um craque da crônica e da análise crítica! O link está na coluna da direita, na seção "Mais Palavras".
Parabéns, Diegão!
a-mei!
o imagina é lindo, demais. vou até mandar pra um alguém meu que deve ler... rsrs
e concordo com o alan... seja marginal, seja herói! ;P
os marginais são os melhores.
mais maduros.
é você conseguindo ser doce sem ser pueril.
a-mei!
;*
Tenho vontade de prestar vestibular novamente só pra assistir de novo as suas aulas...
Fantástico, Filipe!
Filipe, como ñ comentei no post anterior , quero te desejar parabéns por esse blog q através dele faz com q as pessoas vejam as coisas simples da vida por um ângulo diferente, emocionante e contagiante, e é por isso q essas pessoas dedicam parte do seu tempo para ler “as outras palavras” q vc escreve com tanto carinho , dedicação e mostrando um grande amor pelo q faz .
Adorei o poema “ sobre lei seca”, gosto de poemas sintéticos, poderia publicar outros...
E realmente a vida é uma perigosa bebida alcoólica.....embriaga
Beijos de sua ex aluna
Saudades das suas aulas
1 - Maricota, meu amor, tê-la comentando aqui é um prazer pra mim. Tenho-lhe grande carinho e admiração, você sabe! Fico muito feliz de ter rolado essa catarse sua com os marginais, mas não juro que não penso nos meus poemas como mais maduros ou pueris: talvez haja um jogo de velamento e desvelamento do eu-poético nos meus diferentes discursos sim, mas nunca em termos de superficialidade ou pieguice ou utopia ou exagero, como é peculiar a algo pueril. Depois dá uma conferida! ;)
2 - Grande Eduardo! Ler coisas assim dá uma força danada pra mim! Obrigado de verdade!
3 - Sylvia, os poemas mais sintéticos estão sempre por aqui. Sou adepto da tese de que escrever bem é cortar palavras. Perseguir o silêncio é a meta. No entanto, muitas vezes, o texto tem que ser mais longo mesmo: nunca prolixo, é claro, mas longo. =)
Couto, não li muito ao longo da minha vida... Gostaria de ter lido muito mais...
Mas definitivamente você é meu escritor preferido!!!!!!
=)
Filipe, você demora muito pra atualizar o blog, hahaha =)
Olá, fiquei um tempo sem vir aqui.
Adorei todos os poemas que publicou nesse tempo.
Adooro seus poemas marginais. Já que gosta de escrevê-los, poderia publicar mais deles, hahaha. Porque no os publica em geral?
Beijos, e parabéns pelos 2 anos de blog e grande sucesso!
1 - Larissa, é uma honra ouvir esse seu exagero! =)
2 - Rafa, mas, quando apareço, apareço logo de dois em dois! =P
3 - Fernanda L., obrigado pelo retorno! O problema desses poemas "marginais" é pura implicância minha mesmo! haha!
Que linda a letra da música...
existe ela pra gente escutar?
Que linda a letra da música...
existe ela pra gente escutar?
Linda a letra da música, a priscila cantando deve ser a coisa mais doce!
Beijos Filipe!
adorei passar por aqui!
Nina e Thalita, a Priscilla vai musicar, mas sabe-se Deus quando isso vai ser! hahaha! Prometo que ela tá trabalhando nisso! =)
Filipe, está de parabéns, como sempre né?!
Quando sinto saudades das suas aula venho direto aqui para ver os novos poemas...melhor, só se tivesse áudio e pudéssemos ouvi-lo recità-los...
Divertida e sensível!...
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