domingo, 26 de julho de 2015

Poema 243

Acendi há pouco as luzes do quarto,
e não notei alguns de seus vestígios.

Não há mais aquela bagunça que você fazia;
não há mais retratos, roupas, livros.

"O lugar mais sombrio é sempre embaixo
da lâmpada", diz um provérbio chinês antigo.

E lá estava eu diante da tua clara despedida,
sem conseguir enxergar que não sou mais seu;

e que você não é minha.
(Filipe Couto)

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