domingo, 19 de outubro de 2014

Poema 199

É que sou todo desencontro, Coisa Amada... 

No silêncio, mais eu ouço; 
no vazio, mais eu tenho; 
no escuro, não tateio; 
no erro, sou perfeito. 

Todo dia, Coisa Amada, corro para meu próprio abismo, 
pensando estar ao encontro dos teus braços. 

Por isso, preciso tanto de poemas: 
eles me algemam inteiro a ti, 

e viro pássaro.
(Filipe Couto)

3 comentários:

Anônimo disse...

Você é incrível.

Anônimo disse...

Você é incrível.

Anônimo disse...

Seus textos mexem comigo. Não há um que que não me cause um certo incômodo por esfregar na cara aquilo que tento ignorar. A catarse é tamanha que coração e cabeça se fundem e fico (mais) perdida.
Assim como você, sou apaixonada por literatura. Será que os livros nos tornaram pessoas sensíveis demais? Sensíveis a ponto de apenas conhecermos os extremos? O se-jogar-de-cabeça em todas as situações?

Identifiquei-me como "anônima" porque você não me conhece.
Escondo minha identidade, mas não posso deixar de expressar minha admiração pelo seu talento.

Continue dando voz aos seus sentimentos - que, no final, também são os meus.