domingo, 31 de agosto de 2014

Poema 195

Será que em algum lugar do mundo 
há alguém a pensar o mesmo que penso agora? 

E de que adianta pensar, 
se nenhuma palavra traduz o que cala? 

Existe um tempo em que só se colhe 
o que não se plantou: 

 o desejo (preso) manda beijos, abraços 
e despeja (para todos os lados) 

em vez de fábulas, 
mágoas; 

em vez de final feliz, 
a vida sem sal que (burramente) se quis.
(por Filipe Couto)

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