quarta-feira, 5 de maio de 2010

Poema 153

A Espera – poema em três movimentos

1.
É o mar o vício
desses seus olhos,
que vivem a procurar

quem há muito se perdeu
sem promessa de voltar.

2.
Mas
ainda que seja só dele

cada esperança, cada saudade,
cada suspiro que você dá,

deixa-me te mostrar
que o tempo pode ser barco,

e que os pássaros
são como velas

brancas e abertas
pra quem se permite enxergar.

3.
Tudo é incerto e relativo
nessa vida:

também eu
posso ser tão seu

quanto você jamais
foi minha.
(por Filipe Couto)

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12 comentários:

Luiza disse...

Incrível.

Unknown disse...

Lindo!

:')

Rachel Pinheiro disse...

Como eu me emocionei lendo esse poema. Estou sem palavras...

=)

Unknown disse...

Emoção é pouco pra um poema perfeito assim. Descreveu a minha vida, poeta!

Como sempre!

Parabéns!

♥♥NaNnA BeZeRrA♥♥ disse...

Que delícia te ler!!
Tão simples. Tão bom!
O tempo é o senhor de todas as coisas!!
beijão

Daniel Senos disse...

Admiro a simplicidade dos seus poemas, mestre! Muito bom!
Grande abraço!

Bárbara Aragão disse...

Ai, que coisa mais linda! :)

Juju disse...

Um dos poemas mais lindos que você já escreveu...
É daquele tipo que a gente pára pra ler... e reler... e reler...
perfeito!

bjux grande!

Juju disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Laura Peçanha disse...

Nossa, muito lindo!

Assunção disse...

Só agora entrei no seu Blog e li suas poesia. Parabéns. Gostei muito, pela sensibilidade, pela forma como fala de sentimentos. Abraço. Luiz.

Anônimo disse...

Ainda sem palavras, sigo caminhando por essas imagens...
Lindo e surpreendente como o mar...
Obrigada