terça-feira, 12 de maio de 2009

Poema 115

Sobre o Outono

Uma folha baila perdida
e se encaixa discreta
na gola da minha camisa:

também o outono
precisa de companhia.

(por Filipe Couto)

18 comentários:

Daniel Pinho disse...

''Também o outono
precisa de companhia''
(Estranho mestre, acabei de postar uma poema intitulado ''Solidão'' no meu blogue... coincidência).
Forte abraço!

Marcella Braga disse...

Adoro esses que transbordam delicadeza. Poema sem pressa. Leve. Lindíssimo.

Um beijo

aluah disse...

que também a solidão precisa de companhia. sabe?

lindo!

aluah disse...

"Amar aquilo que não se revela.
Ter domínio sobre o que é paixão dos outros.
Ter a honra de se ver refletida na obra de quem ama.
Se descobrir através da palavra de outro.
Se debater desesperadamente para se livrar da imagem de musa e se transformar em carne pra sentir o toque de quem tanto deseja.
Ter pra si os olhos que enxergam tanta beleza no mundo.
Se sentir forte e poderosa ao abarcar tanta emoção num aconchego natural de quem já se acostumou com a presença do outro."


Descreveu muito bem, mesmo.

Entretanto, deixo para ti a descricao de "mulher de poeta", que apenas um poeta poderia dizer diante de sua musa, seja ela feita de carne ou poesia.

Um dia, sei que sentirei essa descricao vinda de ti como sintoleio teus escritos. Mas sei que "mulher de poeta" tera um tatoaudicaoolfatovisao especial.

Abraco!

Mari disse...

meu deus!
entrou pra lista dos preferidos.
lindo! lindo!

Unknown disse...

Estava quase começando a gostar de você mais marginal do que delicado (no bom sentido).

Aí você me vem com um poema simples e delicado, daqueles que deixam lágrimas nos olhos e não deixam dúvida de que grande poeta você é!

Acho que esse tal de Filipe Couto não tem noção do grande escritor que é...

Parabéns!

Unknown disse...

Nossa, carioca...

Como você conseguiu pensar nisso?

Tô embasbacada aqui com as suas palavras...

Também virou um dos preferidos!

=)

Vivi disse...

Não sei como um ser de carne e osso faz coisas assim toda semana!
=)

Catarina Dias disse...

Tenho um imenso prazer de vir aqui sempre, mas hoje foi especial.
Pra mim o poema não é de solidão, é de companhia. Valorizar o que se tem junto. Errei? Não importa, foi assim que ele me bateu, e é assim que vai ficar na minha lembrança!
=)

Bárbara Tavares disse...

Estou encantada com tamanha doçura. Adorei esse poema de hoje e as "outras linguagens" todas. Fiquei espantada com as músicas da jessica e da priscila sobre seus poemas!
Perfeito!

Livia Fada disse...

Nossa, que sutileza!
Sensacional!
Quanta saudade das suas aulas de literatura! Me fazem muuita falta!

beijos, Filipe!

Unknown disse...

Adorei ! sutil e profundo

sylvia disse...

Mais uma vez ,um poema emocionante, sintético, sutil e delicado. A companhia é algo tão importante q a gente sente falta quando ñ tem .
ADOREI!

beijos

Renata Portugal disse...

Amo seus poemas!
Mas tem uns, como esse, breve e tão cheio de significado, que me fazem lembrar seu olhar, tão intenso e lotado de dizeres.
Essa semana o grande poeta faz aniversário!!! =)
Espero ansiosa pelo poema de amanhã!

Beijo grande
(estou sempre por aqui!)

Claudio Henrique disse...

só uma viagem: outono é uma época esquisita né? mesmo junto de alguém, debaixo de um sol frio que cria sombras de gelo nos sentimos sozinhos... é esquisito mesmo!!! mas o poema é bom, viu?

Sérgio Medeiros disse...

Este está de uma singeleza muito bonita :-)

Nathália Coutinho disse...

Nossa!
Pra mim esse é um dos mais lindos!
Descobri o blogue tem pouco tempo, mas já li tudo!
São ótimos!
Falam tanto...

Parabéns!
Estou sempre por aqui agora!=)

Michelle de Oliveira disse...

Filipe, lindíssimo este poema! Parabéns, amigo.